Resenha | A Magia do Inverno - Tahereh Mafi

Título:  A Magia do Inverno

Autora: Tahereh Mafi 

Páginas: 4/5

Nota: 288

Skoob: Link

Sinopse: Embarque em uma incrível jornada pela terra de Whichwood nessa impressionante continuação do aclamado best-seller Além da Magia, de Tahereh Mafi! Nossa história começa em uma noite congelante… Laylee mal consegue se lembrar dos tempos felizes antes de sua mãe morrer. Antes de seu pai, levado pela dor, perder o juízo (e o caminho), e ela ser abandonada como a única mordeshoor restante na cidade de Whichwood, destinada a passar seus dias esfregando a pele e a alma dos defuntos nos preparativos para suas vidas após a morte. Ficou fácil esquecer e ainda mais fácil ignorar não apenas sua crescente solidão, mas a forma como suas mãos exaustas, assim como seus cabelos, estão se enrijecendo e se tornando acinzentados. No entanto, alguns estranhos conhecidos irão aparecer e o mundo de Laylee irá virar de ponta-cabeça enquanto ela redescobre a magia, a cor e o poder de cura da amizade. Exuberante e encantadora, a aclamada Tahereh Mafi tece uma nova aventura mágica neste mundo persa fantasiosamente sombrio, trazendo ao público novamente Alice Queensmeadow e Oliver Newbanks, protagonistas de Além da Magia.

Opinião:

A Magia do Inverno é a continuação de Além da Magia, Alice e Oliver estão de volto junto com novos personagens, dessa vez Alice teve sua segunda chance na cerimonia de Entrega e dessa vez deu certo, ela recebeu sua missão e com Oliver partiram para Queensmeadow onde se encontra a tarefa da jovem.

Sua missão é ajudar Laylee uma jovem mordeshoor, responsável por lavar e preparar os corpos dos mortos, só que não é nada simples essa atividade, a garota precisa afugentar os fantasmas já que se eles se rebelarem pode ser um caos, ela conversa com eles. Apesar de ser nova, mora sozinha, em um castelo frio, se acabando de trabalhar para receber uns trocados e pior de tudo ela está morrendo por todo o desgaste que ela enfrenta, uma jovem acostumada a ficar sozinha e ser ignorada pela sociedade.

Ela é pega de surpresa com a presença de dois desconhecidos que invadem a sua casa, isso mesmo Alice e Oliver em vez de bater na porta por estarem com muito frio acabam entrando na casa de Laylee sem serem convidados, os dois estão oferecendo ajuda, porém Laylee inicialmente recusa, mas por ter serviço acumulado aceita que eles ajudem a lavar os corpos, sem revelar o que está acontecendo com ela, mesmo com a insistência de Alice que imagina que ela tenha outros problemas, um que ela possa usar seu dom.

Em Queensmeadow  Alice e Oliver também conhecem o jovem Benyamin, um garoto que é o lar de alguns insetos, isso mesmo e lendo a história não conseguia me acostumar com isso. Ele se torna um grande amigo e um aliado para ajudar Laylee, um garoto trabalhador e que vive apenas com a mãe.

Coitada da Laylee, ela não vive como uma garota em torno dos seus 13 anos, não vai para a escola, trabalha dia e noite, passa frio e sofre descriminação por ser uma mordeshoor e ainda precisa escutar o fantasma de sua mãe reclamar o tempo todo. Cresceu como pária da sociedade, com isso não confiava fácil nas pessoas, uma personagem que estava aos pedaços por dentro.

Alice e Oliver conquistaram a confiança de Laylee e com isso foi possível ver uma mudança na garota, na história não existe Heroes e vilões, mas o que vimos são pessoas com defeitos e também intolerantes, por exemplo Alice mesmo tentando conquistar a confiança de Laylee comete uns deslizes, agora a população da cidade são intolerantes com pessoas diferentes, seja pela aparência, condição financeira e emprego.

A história tem os fantasmas que passam por um momento de rebelião o que acaba piorando a situação de Laylee perante a sociedade. Uma boa continuação, cada livro tem uma história independente da primeira, é uma leitura um pouco lenta e que eu não li tudo de uma vez.

Pelo que sei essa é uma duologia com Além da magia e A magia do Inverno, quem sabe futuramente eu tente ler a série estilhaça-me da autora que tenho muita curiosidade.

Tinha sido difícil o bastante ver seus olhos se transformarem, e ainda mais devastador quando seus cabelos também começaram a mudar de cor, mas isso – isso de fato era terrível. Laylee não tinha como saber o nível de danos que havia infligido a seu próprio corpo, mas sabia o suficiente para entender uma coisa: estava irrevogavelmente doente, de dentro para fora, e não tinha ideia do que fazer.

Para os habitantes das muitas terras mágicas – entre as quais estavam Farenwood, Furthermore e Whichwood -, perder a cor significava perder a magia, e perder a magia significava perder a vida.

É aqui está o que há de mais estranho nos sentimentos: às vezes, eles crescem lentamente, um tijolinho cuidadosamente colocado sobre ao outro ao longo de anos de trabalho e dedicação; uma vez construídas, essas bases tornem-se inabaláveis. Porém, em outras ocasiões, os sentimentos surgem descuidadosamente de uma só vez bem em cima de você, empilhando tijolos no coração e nos pulmões, enterrando-nos vivos no processo, se necessário.

Pediu a si mesma para manter-se calma e ter coragem - mas em momento de sinceridade, admitiria que o peso do desafio a assustava.