Resenha | Em queda livre - L.M. Halloran

Título: Em queda livre

Autora: L.M. Halloran

Páginas: 306

Nota: 4/5

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Sinopse: Há coisas que estão fora do seu limite... E há o seu psiquiatra. Eles chamam esse lugar de Oasis, e ele é o médico responsável. Ele acha que pode me salvar. Me curar. Me pegar se eu cair... Tá bom...
Dr. Leo Chastain é uma distração de dar água na boca.
Por esse motivo, estou inclinada a jogar o jogo dele.
Ele não sabe que eu sou incapaz de sentir emoções que surgem naturalmente nos outros:
Medo, compaixão, amor...
Eu posso ser uma sociopata.
Eu o avisei que estou tão quebrada ao ponto de não poder ser consertada. Que quanto mais ele me pressiona, mais eu recuo. Até que ele esteja destruído também. Eu o avisei.

Opinião:

Mia está quebrada, vem trazendo preocupação a sua família e depois de tantas loucuras, porém o limite é atingindo quando eles pensam que ela tentou suicídio,  mesmo que ela negue várias vezes, então eles acabam entrando em acordo e internam ela em uma clinica psiquiatra que chamam de Oasis, um local para pessoas ricas e famosas. Ela conhece jovens que tornam-se bons amigos e claro o maravilhoso Dr. Leo Chastain na qual faíscas voavam para todos os lados quando os dois estavam no mesmo ambiente, mesmo que Leo tentasse manter o profissionalismo ficava difícil com Mia tentando seduzi-lo.
A história tem romance, mas também trata sobre descobrir a si mesmo, enfrentar traumas e entender seus sentimentos, nele fomos capazes de ver o desenvolvimento de Mia conforme os dias na clinica iam passando, no inicio ela não aceitava se abrir e era uma mulher revoltada, não tinha amigos fora da clinica e tentava se afastar dos pacientes que se aproximavam dela, falando algo desagradável, desrespeitando. A personagem não estava aberta aos sentimentos, não conseguia receber e também transmitir.
Mia é uma personagem complexa, não queria melhorar e pensava que estava tudo bem, no decorrer da história e do tratamento feridas foram reabertas para que ela pudesse melhorar, trazendo lembranças do trauma que teve no dia da morte da sua mãe e irmão quando ela ainda era uma criança, aquele dia marcou a sua vida e as suas atitudes, fora isso a personagem descobriu uma informação que ela guardou no fundo da mente e esqueceu o trauma que tinha acontecido, creio que essa parte foi a mais impactante para a personagem e a partir desse momento ela começou a revelar seus sentimentos e se abrir para o tratamento.
No decorrer de toda história é possível ler sobre a evolução da personagem e a luta com os seus sentimentos. Inclusive foi legal ver ela criar uma grande amizade com outros pacientes da clinica que ela levou para fora do do Oasis.
Leo está dividido entre o profissionalismo e a atração que sente por mia.  Ele foi um ótimo psicologo e apesar dos sentimentos o foco principal era a saúde da garota. Também descobrimos um pouco sobre a vida do personagem, inclusive que ele tem um filho bem fofo e que o interesse em Mia já vinha antes dela entrar na clinica. Ele é daqueles personagens com belos atributos físicos descritos, mas também tem um grande coração, apesar de algumas atitudes referente ao seu relacionamento que me irritou lá nos capítulos finais.

Em queda livre é uma boa história, com personagens intensos, envolvente e como eu falei antes é mais que um romance, é sobre uma mulher que reprimiu seus sentimentos por tanto tempo que não não sabia se realmente queria viver.  Gostei desse primeiro contato com a escrita dessa autora.

— Todo mundo está quebrado. Alguns de nós só são melhores em colar os pedaços de volta.

Estou sendo assombrada por um monstro sem nome. Fantasmas e memórias, do tipo acessíveis e do tipo que se escondem debaixo da névoa do esquecimento. 

Se eu quero morrer? Não. Se eu quero viver? Isso é mais difícil de responder. 

Não mais consigo imaginar minha vida no mundo real, por mais que não a estivesse realmente vivendo antes, meramente estive sustentando uma imitação dela. 

Nada mais de acidentes ou performances, Amelia. Quando sentir que o mundo é demais, lembre-se de que seus sentimentos não são fatos. A tempestade sempre passa. Sempre. Ache algo que te traga felicidade e que canalize sua paixão. 

— Sinto-me… — Engulo com força. — Isolada. Como se houvesse uma névoa me protegendo contra o quão partido meu coração está. Ainda está lá, a ferida aberta em meu peito, mas não estou devastada por ela.