Resenha | O sol também é uma estrela - Nicola Yoon

 

Título:  O sol também é uma estrela

Autora: Nicola Yoon

Páginas: 288

Nota: 4

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Natasha: Sou uma garota que acredita na ciência e nos fatos. Não acredito na sorte. Nem no destino. Muito menos em sonhos que nunca se tornarão realidade. Não sou o tipo de garota que se apaixona perdidamente por um garoto bonito que encontra numa rua movimentada de Nova York. Não quando minha família está a 12 horas de ser deportada para a Jamaica. Apaixonar-me por ele não pode ser a minha história. Daniel: Sou um bom filho e um bom aluno. Sempre estive à altura das grandes expectativas dos meus pais. Nunca me permiti ser o poeta. Nem o sonhador. Mas, quando a vi, esqueci de tudo isso. Há alguma coisa em Natasha que me faz pensar que o destino tem algo extraordinário reservado para nós dois. O Universo: Cada momento de nossas vidas nos trouxe a este instante único. Há um milhão de futuros diante de nós. Qual deles se tornará realidade?

Opinião:

O Sol também é uma Estrela conta a história de Natasha uma jovem de 17 anos  que nasceu na Jamaica  e foi com a sua mãe para os EUA ainda quando criança, porém agora sua família está sendo deportada por conta de uma burrada que seu pai fez. Natasha está devastada, ela não quer ir embora do único lugar que considera um lar e está motivada a encontrar uma solução, em seu último dia na cidade, ela resolve mais uma vez ir implorar pelo seu caso. 

Em seu último dia nos EUA ela conhece Daniel, ele tem uma entrevista em uma faculdade para ingressar no curso de medicina, como ele não queria ficar na sua casa esperando o horário, resolve sair andando pela cidade, acaba trombando em Natasha e a segue até uma loja de música, ela não da muita atenção para ele inicialmente, mas o garoto é insistente e os dois começam a conversar e se distraem de um dia que não está sendo bom para ambos os lados, ela não quer ir para a Jamaica e ele quer ser livre em suas escolhas. Dois jovens que precisam lutar contra o que outros impõe para a sua vida.

 

Nesse único dia conhecemos um pouco da vida desses jovens e assim como eles imaginamos como seria a relação dos dois se tivessem mais que um dia, dois jovens que lutam por ser lugar ao mundo.

Natasha é uma jovem inteligente que goste física, números e que está muito brava com o seu Pai, já que eles foram morar nos EUA por conta das escolhas dele e agora estão sendo expulsos por conta dos erros. Ela tinha planos de fazer faculdade, viajar com sua melhor amiga. Natasha até parece ser uma personagem fria, que esconde seus sentimentos, porém ela é realista e tenta não sonhar e criar esperanças, pois sabe que a vida é difícil. Sua família era pobre, seu pai um bêbado, ela prefere ser realista do que se machucar tendo esperança.

Conforme a história vai acontecendo, vimos a personagem se abrindo um pouco mais, seus sentimentos, seus medos , principalmente porque tudo está para mudar.

Daniel é descendente de Coreanos, seu pai e sua mãe não imigrantes, porém eles estão de forma legal no país, diferente da família de Natasha que está ilegal. Bom seu pai quer que ele seja o filho perfeito, já que o mais velho acabou decepcionando a família, só que ele não quer ir para a faculdade de medicina, ele quer se poeta uma profissão que não da muito dinheiro.  Também conhecemos sua família e como eles são racistas, isso envergonhava ele. Diferente do seu irmão Daniel é um bom garoto, sempre tenta ver o lado bom de tudo e nesse único dia tenta mostrar um lado diferente da vida para a Natasha.

Além dos capítulos narrados pelos protagonista a história também possui capítulos narrado pela recepcionista da imigração, pelo irmão de Daniel, pela recepcionista do escritório de advocacia e até pelo advogado, são capítulos curtos e mesmo assim sendo um único capitulo pensa a raiva que fiquei do advogado, tudo poderia ter sido diferente se ele tivesse priorizado o seu cliente. 

É a segunda história que leio da autora, mas entre os dois ainda prefiro tudo e todas as coisas, mas a história é bem escrita e trás um enredo interessante sobre imigração e o legal é que a autora trabalha com a diversidade cultura e racial de seus protagonistas, super quero ler outros livros da autora. Como comentei antes a história se passa em um único dia e os dois aproveitam o máximo de tempo que possuem para ficarem juntos.

Uma boa história para se ler, envolvente e o final dela da a sensação de que os dois ainda teriam muito o que viver, pelo menos na nossa imaginação.

Nomes são coisas poderosas. Servem como marcadores de identidade e uma espécie de mapa, localizando a pessoa no tempo e na geografia. Mais do que isso, podem ser uma bússola.

As palavras não deveriam ter permissão de mudar de significado. Quem decide que o significado mudou, e quando? Será que existe um tempo intermediário em que a palavra significa as duas coisas? Ou um tempo em que a palavra não significa absolutamente nada?

Sou realista. É melhor ver a vida como ela é, e não como a gente quer que seja. As coisas não acontecem por algum motivo. Simplesmente acontecem.

Dizemos a nós próprios que existem motivos para as coisas que acontecem. Mas, na verdade, só estamos contando histórias para nós mesmos. Inventando. Elas não significam nada.