Resenha | Cidade de Selvagens - Lee Kelly:

Título: Cidade de Selvagens 

Autora: Lee Kelly

Páginas: 364

Nota: 3/5

Skoob: Link

Sinopse: A Terceira Guerra Mundial estourou há quase duas décadas. Manhattan transformou-se num campo de prisioneiros de guerra governado pela nova-iorquina Rolladin, que controla os sobreviventes com punhos de ferro. Para Skyler Miller, Manhattan é uma gaiola que a impede de conhecer o mundo. Mas para a irmã caçula de Sky, Phee, o campo de prisioneiros no Central Park é o único lar que ela poderia querer. Quando desconhecidos chegam ao parque com notícias surpreendentes, Sky e Phee descobrem que há muitas coisas sobre Manhattan – e a própria família – que sequer imaginaram. O livro de estreia de Lee Kelly é uma jornada de acelerar o pulso por uma cidade que é tão estranha quanto familiar, onde nada é preto no branco e os segredos enterrados podem destruir qualquer um.

Opinião:

Cidade de Selvagens pode se dizer que é um livro pós-apocalíptico, mas o que levou ao fim não foi questões naturais e sim o próprio homem que trouxe a guerra. Bom inicialmente na história conhecemos as personagens Sky, Phee e Sarah, essas três são uma família e Sarah faz de tudo para proteger suas filhas. No verão essas três vivem em um apartamento e se viram para encontrar comida, mas no inverno vão para um campo (antigo zoológico) viver sobre as ordens da comandante Rolladin, mas tendo alimentos e um lugar quente para dormir e em troca elas trabalham em atividades como todos os que vivem nesse campo, só que a situação começa a mudar quando elas chegam atrasadas e uma delas precisa lutar para conquistar um lugar, além disso esse lugar que era tão seguro acaba recebendo quatro visitantes insperados que vieram direto da Inglaterra, o que pode furar as mentiras de Rolladin sobre a guerra.
Inicialmente a sinopse do livro chamou muito a minha atenção e por isso estava com uma alta expectativa, por isso tive uma pequena frustração com a história que li e que era totalmente diferente do que esperava, por isso em vez de falar dos personagens individualmente, prefiro comentar separadamente os pontos negativos e positivos dessa história.

Não é assim tão complicado. Sobreviver significa o parque, e o parque significa as regras de Rolladin."

 Negativos: Gente li algumas resenhas de pessoas que gostaram da irmãs, mas elas não me desceram e acabei pegando uma birra com elas, lá pro finalzinho a situação deu uma melhorada, mas não o suficiente para tirar elas da lista de pontos negativos.
Primeiramente Phee é a irmã mais nova que por sinal é uma personagem grossa, que se acha melhor que todos e que faz escolhas sem pensar o que pode prejudicar todos ao seu redor, principalmente a sua família e ela também é birrenta fica se metendo no meio de quem não deve, além de achar que todos estão errados e ela certa.  Já a Sky no inicio eu não parecia  ter a idade que tinha que era uma personagem de 17 ou 18 anos e sim uma criança de 12 anos, ela se preocupava com coisas meio fúteis considerando as situações que ela viviam como "moda" , outra coisa é que dava para sentir a inveja dela a respeito da sua irmã, pois sua irmã era forte e ela não, até porque se não fosse pela mãe e pela irmã poderia ser que ela nem estivesse viva na história.
O ROMANCE, gente não tinha necessidade da autora acrescentar um romance nessa história e o pior um triangulo amoroso que envolvia as irmãs , que por sinal dizia que se amavam, mas que viviam distante. Bom não vou negar eu gosto de romance em livros desse gênero, mas não quando sobressai a história principal.

"Somos meramente migrantes perdidos à mercê da cidade, sobreviventes à caça de uma segunda chance."

Positivos:
O Diário, bom adorava quando as meninas liam ele, pois tínhamos uma visão de como tudo começou e queria que a maior parte do livro fosse focado nele, a história dele daria um bom livro solo. O Diário foi escrito pela mãe das meninas.
Rolladin, eu sei, era para ela ser considerada uma vilã , mas foi uma personagem que me surpreendeu por conta da história do diário e acho que entendo o lado dela de mentir para o pessoal do campo e suas atitudes, ela virou uma líder e precisava proteger o seu povo, mesmo que por regras duras, pelo menos eles não se destruiriam.
A racionalidade da Sky, sim ela está no pontos negativos, mas como ela era a única que parava para pensar com lógica merecia aparecer por aqui também.
O Hotel, chegou um certo momento que a história estava parada, mas quando apareceu um novo ambiente meio louco deu uma movimentada na trama, foi interessante a autora acrescentar essa ambiente e a situação mostrada por ele para refletirmos a respeito de algumas coisas.

"Salve-se. Custe o que custar. Salve-se"

Enfim Cidade de Selvagens apesar de ter vários pontos negativos me agradou em algumas coisas e isso inclui a escrita da autora que é envolvente, um livro que fala da destruição causada pelo homem e de 'pessoas' que mudaram e se aptaram para poder sobreviver, mesmo que tenham adotada um tom mais rígido. Que nem todos são confiáveis e que pode-se surpreender-se com as atitudes de personagens inesperados, além disso outro assunto retratado na história é o fanatismo religioso e como ele pode acabar com a racionalidade das pessoas tornando-as "Vilões" , ainda mais quando existe personagens/pessoas que utilizam a religião para implantar seus ideias fugindo do verdadeiro sentido do mesmo.
O livro é divido em 3 partes a primeira antes do zoológico,  segunda  quando já estão no campo para o inverno e a terceira após saírem do zoológico.

"Às vezes o passado deve permanecer no passado"